Como me tornei Agente de Apoio à Educação Especial (AAEE).

            Era o ano de 2014 e eu estava cursando graduação em Letras pela UniCesumar Centro Universitário. Tinha resolvido voltar a estudar para mudar minha vida, mudando de área, pois eu trabalhava na área administrativa e informática desde 2008.

              Ser professor sempre esteve nos meus planos desde a infância, então seria a hora ideal para desengavetar o velho sonho.

Então saiu o concurso de "Agente de Apoio a Educação Especial" para o Município do Rio de Janeiro, que exigia somente o ensino médio. 

Naquele momento foi como se algo me falasse: "vai para dentro da escola!", e foi isso que eu fiz. 

           Li o edital e seria uma grande chance de eu conseguir estar dentro de uma escola enquanto estudava na faculdade, dessa forma já iria pegando o jeito de ser um "professor", aprendendo na prática atuando como AAEE.

            Houve um encontro na Biblioteca no Centro do Rio de Janeiro e lá conheci quatro meninas; se chamavam Lúcia, Bárbara, Camila e Juliana. Nós cinco estudamos muito, revezávamos para tirar as dúvidas e ajudar uns aos outros, a matéria era extensa e dividíamos os conteúdos.

Fizemos a prova e passamos. Acho que aquele ditado popular "a união faz a força" é verdade. 

        Eu  fiquei na 65° posição da 8° CRE, eu não estava dentro do número inicial de vagas, mas criaram o banco de reserva e como a previsão era de umas 3.000 convocações, eu tinha quase certeza que seria questão de pouco tempo para ser convocado. Só que não!

Demorou quase 4 anos para que eu tomasse posse desse cargo. Meu nome só saiu no Diário Oficial do RJ em Agosto de 2018.

         Eu já tinha terminado a Faculdade de Letras, colado grau, já estava de posse do diploma mas ainda não estava trabalhando como Professor, na verdade na época eu estava pelo seguro desemprego, mas no momento que meu nome saiu no Diário Oficial foi maravilhoso, tomar posse de um projeto que eu estudei, me dediquei, aguardei dia e noite ansioso e esperançoso quando havia algum movimento no sistema (SICOP), sofri junto de todos os aprovados, mas naquele momento eu só agradeci a Deus por tudo e simplesmente tomei posse do meu cargo. Enfim me tornei um funcionário público, assumi o cargo de "Agente de Apoio a Educação Especial" à caminho da escola. 

"Na vida tudo tem seu tempo certo, a gente quer pra ontem, mas Deus sabe de tudo e sempre quer o melhor para nós."

Tio Rômulo.